Resenha: Star Wars - Marcas da Guerra
Esta resenha pode conter Spoilers para quem não assistiu à trilogia clássica de Star Wars (Episódios IV, V e VI)
O
universo de Star Wars não cansa de nos surpreender. Livros como Star Wars – Marcas da Guerra, de Chuck Wendig nos fazem ter certeza de que quando se trata deste
universo, ainda há diversos cenários a ser explorar. A história se passa entre
o Episódio VI - O Retorno de
Jedi" e o "Episódio VII - O Despertar da Força e traz os reflexos da
Batalha de Endor na galáxia e os pensamentos dos que acompanharam os
acontecimentos que resultaram na destruição da segunda Estrela da Morte.
“Temos que lembrar que a luta continua. Nossa rebelião acabou. Mas a
guerra... a guerra está apenas começando.”
Neste livro, acompanhamos a jornada da piloto
rebelde Norra Wexley seu filho Temmin, a caçadora de recompensas Jas Emari e o
ex agente do Império Sinjir. Estes novos (e incríveis) personagens se unem para
resgatar o já conhecido Capitão Wedge Antilles, que foi capturado pelo Império.
Como cenário principal temos o planeta Akiva, na Orla Exterior, onde acontece
uma reunião de líderes do Império para discutir estratégias políticas após sua
maior derrota e decidir quem deve assumir a liderança, após a queda de Palpatine
e Darth Vader.
Além de fazer com que o leitor crie uma afeição
pelos personagens, Marcas da Guerra
tem uma escrita envolvente que faz a leitura fluir de modo que você não
consegue largar o livro até chegar ao final. Fazendo jus ao nome do livro, além
da aventura principal, há interlúdios onde podemos acompanhar os reflexos da
guerra em vários pontos da galáxia, como os conflitos afetam à população e os
diferentes modos de pensar de quem vive aquele contexto. Em um desses
interlúdios tem até uma surpresinha que facilmente coloca um sorriso no rosto
de quem é fã de Star Wars.
A representação de personagens foi o que mais
me chamou atenção na leitura. A antagonista é uma mulher forte, uma personagem
bem construída – a saga nunca decepciona quando se trata de personagens
femininas – apesar de não ser uma vilã icônica como estamos acostumados a ver
nas histórias de Star Wars. O livro traz ainda personagens homossexuais de uma
maneira sutil e natural, o que contribuiu para que eu tivesse ainda mais
afeição pela obra.
Acima de tudo, o livro traz uma visão mais
aberta sobre uma guerra. Será que todos estão contra o Império? A Aliança
Rebelde é unânime? Todos acreditam que ela trará o bem geral? O livro nos faz
refletir sobre o que é realmente o bem ou o mal e questionar se uma guerra se
resume a um embate entre esses dois lados. Nele, a divisão entre bem e mal não
é tão clara como na trilogia original de Star Wars. Aqui a questão vai muito
além de escolher um lado e sim de tentar seguir em frente em meio a todos os
conflitos. Considero Marcas da Guerra
uma leitura indispensável para os apaixonados pelas histórias de uma galáxia
muito, muito distante.
Sobre a edição da editora Aleph: Edição de ótima qualidade, diagramação que torna a leitura confortável além de uma das capas mais bonitas de livros de Star Wars na minha opinião.
Trilogia Aftermath # 1
Chuck Wendig
Ano: 2015 / Páginas: 408
Idioma: português
Editora: Aleph





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