
Como Eu Era Antes de Você: versão cômica de Emilia Clarke e adaptação "light" do livro
Baseado no best-seller de Jojo Moyes, o filme “Como Eu Era Antes de Você” chega ao cinemas oficialmente no dia 16 de junho.
No entanto, sessões especiais em alusão ao Dia dos Namorados foram exibidas em cinemas de todo o Brasil. E lá eu fui em uma delas, numa sala cheia de casais, enquanto minha única companhia era minha pipoca e um refri de 500 ml.
Desde que li o livro em 2013 (leia aqui minha “resenha” com spoiler), se tornou um dos meus favoritos com toda a certeza. Quando soube da adaptação cinematográfica, fiquei exultante e ansiosa para a estreia, ainda mais tendo Emilia RAINHA Clarke no elenco.
Cartaz de divulgação do filme que estreia na próxima quinta 15/06. |
SINOPSE
A história gira em torno de Louisa Clark (Emilia Clarke), uma jovem extrovertida e cômica, sem muitas ambições e acomodada com sua vida pacata numa cidade do interior da Inglaterra. Depois de ser demitida, Lou acaba sendo contratada pelos Traynors para cuidar de Will (Sam Claflin), que ficou tetraplégico há alguns anos após um grave acidente.
Acostumado a uma vida agitada e cheia de emoções, hoje o ex-banqueiro William Traynor é um homem ranzinza e sarcástico que se sente “preso” à sua cadeira de rodas.
Num primeiro momento, o temperamento difícil de Will torna sua relação com Lou complicada. Ao longo da história Louisa consegue amolecer o coração de Traynor com sua simpatia e carisma, despertando em Will o desafio de mostrar o potencial que ela tem por trás de toda sua ingenuidade; e sobretudo um sentimento que ele não sentia há muito tempo: alegria em estar vivo. Mas seria isso suficiente para tirar William da escuridão da sua alma?
Num primeiro momento, o temperamento difícil de Will torna sua relação com Lou complicada. Ao longo da história Louisa consegue amolecer o coração de Traynor com sua simpatia e carisma, despertando em Will o desafio de mostrar o potencial que ela tem por trás de toda sua ingenuidade; e sobretudo um sentimento que ele não sentia há muito tempo: alegria em estar vivo. Mas seria isso suficiente para tirar William da escuridão da sua alma?
A PARTIR DAQUI SE VOCÊ NÃO QUISER SPOILER, RECOMENDO QUE NÃO LEIA. PORÉM, NO FINAL DO TEXTO VOU COLOCAR A AVALIAÇÃO E UM RESUMO SEM SPOILER
Quem leu o livro e, assim como eu, o achou muito bom já deixo o aviso: tenho quase certeza que vai se decepcionar um pouquinho. Não é novidade para ninguém que as adaptações cinematográficas de livros nem sempre agradam por completo aqueles que já leram a obra. Talvez eu esteja sendo um pouco crítica demais, mas vamos aos motivos que me impediram de achar que o longa foi “noooossa”.
- Acho a Emilia Clarke uma atriz foda. Ela interpreta a Daenerys Targaryen em Game of Thrones de forma magnífica, na minha opinião clubista. Contudo, não achei que papéis como o de Louisa Clark lhe cabem tão bem assim.
A personagem Lou é ingênua, extravagante, carismática, altruísta e espontaneamente cômica. Emilia, em alguns momentos do filme não conseguiu passar essa personalidade eufórica de um jeito totalmente natural. Em outros, dava vontade de entrar na tela e apertar a atriz de tanta fofura.
Não digo que a atuação de Clarke foi ruim, pelo contrário, em 90% do longa foi satisfatória. É muito interessante ver esse outro lado engraçado dela, só que podia ter sido mais natural, sem exagerar nas expressões faciais...
Ah, se alguém mais que assistiu ao filme ficou agoniado com o franzir de cenho da Emilia Clarke a cada 5 minutos, me avisem por favor porque eu já estava aflita com tanta contração na testa dela!!!1
- O ator Sam Claflin ficou conhecido por dar vida ao personagem Finnick Odair na saga Jogos Vorazes. Eu esperava que tivessem escolhido um ator com uma beleza menos hollywoodiana para fazer o papel de Will, algo mais simples porém bonito. Não sei se vocês me entendem... (essa sou eu mais uma vez fazendo um paralelo com o livro, é inevitável).
Ele é um bom ator, mas não passou toda a melancolia e sofrimento que Will Traynor tem (no livro, again). Não era pra ser tão sorridente, era pra ser um cara sarcástico sim, mas onde dá para notar que o personagem é infeliz e sofre emocionalmente por ser tetraplégico. O contexto se encarregou mais disso, do que as próprias emoções do ator.
- Quanto ao roteiro, embora tenha sido escrito pela própria Jojo Moyes (pasmei, pois esperava mais, sorry), acredito que tenha ficado comédia-romantizado demais. Eles não abordam o Dignitas e a polêmica da eutanásia como na versão literária. Não dão lugar a forte carga de dramaticidade que o livro tem e sua lição de moral. Obviamente optaram por adaptar aos padrões comerciais hollywoodianos (posso estar falando besteira, mas é o que penso).
Por exemplo, as cenas do casamento e da Suíça deveriam passar aquele climão que te deixam aflito e com o coração na mão, como Jojo Moyes conseguiu na obra. Achei que o roteiro do filme foi um ponto fraco sim. Eis especificamente porquê:
- Os momentos de Louisa trabalhando no café mereciam um destaque melhor;
- Patrick, o namorado de Lou (Matthew Lewis, o Neville Longbottom de Harry Potter <3), não parece tão babaca quanto é;
- Treena, Thomas e a família de Lou foram deixados de lado;
- Pesou um pouquinho na comédia, atrapalhando que o ápice do filme deixasse de fato a gente triste;
- O momento da eutanásia não provoca a devida tristeza inconsolável e Will não foi tão obscuro e bad vibes.
PODEM VOLTAR A LER SEM SPOILER A PARTIR DAQUI
Resumindo:
Filme para ser visto sem ter lido o livro antes ou por quem leu e não é tão crítico assim. Cumpre bem o padrão de filmes cômico-dramático-romântico; provocou risadas e choros na medida certa no pessoal do cinema. Eu, particularmente, chorei pouquíssimo (e só porque lembrei do final do livro hehe), mas ri bastante.
No geral as atuações foram razoáveis. Destaque para composição formidável do elenco e as atuações pequenas, mas enfáticas de Janet McTeer e Charles Dance como os pais de Will.
Poderia ter sido explorado mais o drama e aproveitado outros pontos fortes do livro, mas entendo que é complicado fazer uma adaptação que abranja satisfatoriamente todos os detalhes. Contudo, o enredo não deixa de ser atrativo e uma coisa é certa: Louisa Clark vai te cativar.
É isso, espero que tenham gostado dessa primeira resenha de filme. Apenas ressaltando que ninguém aqui do Cunversa! é Ph.D. ou crítico de cinema, só estamos expondo nossas humildes opiniões. Beijos de luz ^-^
Nota: 3/5
Veria de novo: Sim
Recomenda: Sim
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