Ads Top

Rock Progressivo: 10 discos brazucas para curtir um barato


Foto: Verso do LP "Tudo Foi Feito Pelo Sol" 

No final da década de 60, figuras importantes da MPB, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque estavam afastadas do Brasil em virtude do exílio. Ao tempo que o movimento tropicalista desaparecia, nascia o rock progressivo no país.

Os músicos brasileiros estavam fascinados com a sonoridade de bandas como Yes, Pink Floyd, Genesis, King Crimson, Jethro Tull e Emerson Lake & Palmer. E resolveram desenvolver o gênero nas terras brazucas.

Completamente marginalizadas pelo mercado fonográfico da época, algumas bandas de rock progressivo BR não conseguiram sequer sair do “submundo” e ter algum reconhecimento. Até os dias de hoje, não é comercial para uma rádio tocar uma música de 10-20 minutos.

Graças à interwebs, muitas bandas foram “exumadas’’ e redescobertas pela nova geração. Afinal, os anos 70 no Brasil foram efervescentes, mesmo sob dura censura e não-presença dos cabeças da MPB no país.

Então, preparei uma lista com 10 discos essenciais que provam a existência de um rock progressivo madeeeira no Brasil. 

Fim de papo

1. Módulo 1000 - Não fale com paredes (1971)



É considerado o primeiro disco de rock progressivo do país. (Apesar de possuir um som mais psicodélico/hard rock). Os caras gravaram o primeiro e único disco da banda pela gravadora carioca Top Tape  em 1971. Com fortes influências de bandas como Black Sabbath, Led Zeppelin e Pink Floyd, o disco foi classificado pela gravadora como um "fracasso", comercialmente falando, claro. 

2. A Bolha - Um passo à frente (1973) 


A banda, ativa desde 1966, intitulada The Bubbles, adotou uma nova roupagem na década de 70, com uma linha mais progressiva/hard rock, tornando-se A Bolha.

3. Som Imaginário - Matança do Porco (1973)




Formada no início da década de 70, a banda surgiu para acompanhar Milton Nascimento nos shows da turnê “Milton Nascimento, ah, e o Som Imaginário”. O grupo lançou três discos, sendo considerado o mais progressivo o “Matança do Porco”. Madeeeira!!!

4. Som Nosso De Cada Dia - SNEGS (1974)



O grupo formado em 1972 por Manito, Pedro Batera (Pedrão) e Pedrinho Batera consolida o rock progressivo no país. Com sua ousadia, o disco “Snegs” possui uma sonoridade considerada mais sinfônica pela crítica. Pela utilização de instrumentos como flauta, teclado, saxofone, violinos, entre outros. Curiosidade: Manito chegou, inclusive, a substituir Arnaldo Baptista n’Os Mutantes.

5. O Terço - O Terço (1973)



O disco é o segundo da fase “progressiva” do grupo. Em 1972, os caras resolveram adotar uma roupagem mais pesada, fugindo do “iê iê iê” do álbum de 1970. Uma viagem total!

6. O Terço - Criaturas da Noite (1975) 


Os caras d’O Terço merecem uma dobradinha na lista. Em 1975 lançaram “Criaturas da Noite”, que segue a linha progressiva, com claras influências no rock rural. O grupo chegou a lançar o disco em inglês “Creatures of the Night” para atingir o mercado internacional.  

7. Moto Perpétuo - Moto Perpétuo (1974) 



Liderada por Guilherme Arantes, Moto Perpétuo tinha forte influência do Clube da Esquina e de bandas internacionais como Yes e Genesis. O disco é tocante do início ao fim, destaque para as músicas “Conto Contigo”, “Sobe” e “Mal o sol”.  

8. A Barca do Sol - A Barca do Sol (1974)


A banda carioca era formada por 7 pessoas, que se distribuíam entre violões, viola, violino, flauta, guitarra e até baixo de pau. Em uma crítica de um jornal da época, a banda foi considerada “muitos anos luz à frente dos demais grupos musicais brasileiros”. Vale a pena sacar esse som! 

9. Os Mutantes - Tudo Foi Feito Pelo Sol (1974) 



E não poderia faltar a maior banda desse Brasilzão. Tudo Foi Feito pelo Sol é o sexto disco d’Os Mutantes e foi gravado em apenas um take. Uma empreitada e tanto de Sérgio Dias e Túlio Mourão. Liminha chegou a participar da composição de parte do disco, mas largou o projeto antes da gravação. É daqueles álbuns que não possui o reconhecimento que merece. Destaco todas as faixas por motivos de: todas são FODAS!

10. Recordando o Vale das Maçãs - As Crianças da Nova Floresta (1977) 



A banda santista formada em 1974 já mostrou a que veio em seu disco de estreia “As Crianças da Nova Floresta”. Com um som bem relaxante e letras que dão vontade de passar aquele final de semana no sítio, curtindo a natureza. 

Tem algum disco de rock progressivo BR que te marcou e ficou de fora da lista? Alguma crítica ou sugestão? Comenta e vamos cunversar!   

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.