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Bandas com identidade própria que o piauiense pode chamar de suas


Não é que uma cidade ou estado possua um ritmo musical para chamar de seu. Apenas algumas o tomam como identidade musical. Ou seja, na Bahia pode se dizer que o axé é a identidade musical. Mas mesmo assim, a rockeira Pitty veio de lá. Em Pernambuco pode-se dizer que o frevo predomina em São Paulo o samba e no Rio o funk.

Então fica a pergunta: Qual a nossa identidade musical? Muitos vão dizer que o Piauí, mais precisamente Teresina, não possui nenhum estilo musical para chamar de seu. Até porque quem anda por Teresina se depara com bares ao som de forró, não o tradicional, mas o chamado arrocha.

Já eu prefiro acreditar que nós temos sim uma identidade musical. Não igual aos outros estados, que são caracterizados por um único estilo. A música piauiense é uma mistura de ritmos. E muitas bandas e músicos preferem, ao invés de investir em um só ritmo, misturar todos. Mas sem perder a pegada regionalista e sem esquecer as raízes do baião e do xote, que é a característica marcante da música nordestina.

Quem sabe toda essa mistura de ritmo acabe se transformando em um ritmo novo ainda indefinido, e essa seja a  identidade musical do Piauí?  Vou deixar essa questão para algum especialista estudar. O que quero ressaltar aqui é que a musica do Piauí tem sim suas características. Que é possível sim alguém escutar uma banda e dizer: esta ai é do Piauí.

Então, sem mais delongas, apresento algumas das bandas piauienses que tem sua própria identidade musical, bandas que trazem desde o baião até o punk rock, sem abandonar o regionalismo. Sem virar as costas para suas origens.

1 Validuaté.
Quaresma (voz, viola, escaleta e gaitas)
Thiago E (voz, cavaquinho e pandeiro)
Vazin (vocais e guitarra),Júnio Caixão (vocais e guitarra)
Davi Scooby (vocais e baixo)
John Well (Bateria)

Banda com mais de 10 anos na noite teresinense, hoje considerada uma das melhores e mais ouvidas de Teresina. Traz uma mistura envolvente de sons e ritmos. Suas musicas mesclam entre o xote, o pop o rock, o samba e até mesmo o brega. Sempre com letras poéticas e alegres sem abandonar a pegada regional, tanto no ritmo quanto nas letras, pois a linguagem das músicas procura sempre trazer o jeito peculiar de falar do piauiense.

CD Pelos pátios partidos em festas
A Validuaté tem como grande diferencial o entrosamento entre os músicos e a voz simples e suave de seu vocalista Quaresma, que faz uma parceria magnifica com Tiago E, responsável pela parte poética das músicas e também pelo leve humor que a banda traz em algumas canções. Em 2008 a Validuaté lançou seu primeiro álbum "Pelos Pátios Partidos em Festa" e um DVD, em conjunto com as bandas Captamata, Batuque Elétrico e Roque Moreira. Intitulado Amostra Cumbuca Cultural.
CD Alegria de girar

Em 2009, lançou o álbum Alegria Girar e os clipes "A Onda" e "Plaina Maravalha". O disco teve participações especiais do poeta Ferreira Gullar, do ator e vocalista Lirinha, do ator e dublador Isaac Bardavid e do cantor, compositor e ator Zéu Britto.

Em 2013, lançou o EP Este Lado Para Cima, no qual apresentam canção a partir de poema inédito de Torquato Neto - "I feel so sad this evening'. Produziram ainda o videoclipe da música "Eu te considerava tanto", de autoria de Jonivel Veras, tornando-se um grande sucesso. Em 2014, a Validuaté  lançou seu primeiro DVD e CD ao vivo, em comemoração dos 10 anos de carreira

Confira o trabalho da banda 



2 Conjunto Roque Moreira           
Daniel Hulk (Vox e guitarra )
Arnaldo Pacovan (Persecução Backing Vocal)
Baibaixo (Baixo Backing Vocal)
Anderson Canibal ( Bateria Backing Vocal)


Essa é para dançar até o amanhecer.
Formado em 2001, o Roque Moreira carrega em suas canções influências do Baião, Xote, Bumba Meu Boi, Carimbó e outras expressões brasileiras, que se misturam ao Rock, Reggae e Soul.
Assim como a Validuaté eles também trazem a pegada regionalista. Suas musicas dançatentes misturam o punk rock e o baião sem parecer forçado. E as letras falam principalmente das coisas boas do Piauí e a da forma como vive o nordestino. 


Quem vai ao show do Roque Moreira não consegue ficar parado, pois a banda agita a noite e põe qualquer um para dançar e se divertir. A levada dançante e a irreverência nas apresentações, com performances carregadas de humor sutil e inteligente, são marcas registradas do conjunto que define seu estilo como uma mistura dos sentimentos rítmicos musicais experimentais de cada um dos seus integrantes e suas influências. Já bem conhecido no cenário musical piauiense, o grupo também fez carreira fora do Estado nos anos de 2006 e 2007, quando fixou residência em São Paulo, onde participou de vários eventos culturais. 

Foi também na capital paulista que eles lançaram o disco “Sintonia Da Mata” e gravaram seu primeiro vídeoclipe “Lee Van Cliff”. Em 2008 o Conjunto gravou juntamente com outras bandas autorais o DVD ao vivo Cumbuca Cultural. Em 2011 fez uma turnê internacional por 13 cidades no Canadá.
Confira o trabalho da banda 




Batuque Eletrico               
Dudú Araújo (Bateria)

Kilson Nunes (Baixo)

Ricardo Totte (Voz)

Társio Martins (Guitarra)


 

Nascida em 2001, a banda tem a proposta de resgate e inovação de sonoridades, baseado principalmente na força do funk e do samba-rock, fusionados com a bossa, o maracatu, o soul, o baião e o reggae. Entoadas pela ginga das batucadas percussivas e letras-poesias marcantes, as músicas do Batuque dançam e convidam a dançar.
A batucada plugada promovida pela banda, a amplitude dos acessos, os timbres musicais, a mistura de ritmos e exploração de multi-linguagens são fatores predominantes a sua obra. O Batuque Elétrico tem letras com abordagens e temas inusitados. Não fica no lugar - comum do denuncismo ou na pesquisa superficial de raízes originárias da música piauiense. Uma versão atualizada da fusão musical. Temas urbanos até o recorrente mote romance ganho uma fórmula pouco usual. Um discurso direto e cheio de originalidade. 

 Confira o trabalho da banda 


Narguilé Hidromecânico
Fábio Crazy  (vocal)
André de Sousa,  (guitarra)
Junior B,  (baixo),
Sandro Saldanha (bateria). 

Formada em 1997, a banda leva aos shows ritmos de diferentes influências e estéticas sonoras, que podem ser observados em seus quatro álbuns lançados. Com participações em diversos festivais locais e nacionais, por onde passa a banda atrai grande público.

O primeiro disco da banda foi gravado no ano de 1998, intitulado Narguilé Hidromecânico. O segundo CD foi produzido em 2000, chamado Poeirão, que trouxe uma estética diferente na criação e abordagens das canções, com elaborações mais sofisticadas, sendo bastante comentado em revistas nacionais.

Com participação especial de Elder Vasconcelos, a banda Narguilé Hidromecânico lançou o terceiro disco. Recentemente, com “Ainda Vivo”, o mais novo CD gravado, a banda faz uma retrospectiva sonora de seus hits.

De todas eu considero o Narguile como a  mais fiel ao regionalismo nordestino e a que consegue de melhor maneira fazer uma mistura que vai desde de baião até o rock mais pesado numa única música. E quem vai ao show da banda deve estar preparado para escutar os diversos ritmos musicais que o Brasil possui. Sem contar na irreverencia de suas letras e a voz marcante do vocalista. 

 Confira o trabalho da banda 



Para quem acha que o Piauí não possui uma identidade musical, basta escutar um pouquinho das bandas citadas acima. Elas são apenas as que elenquei como principais, já que muitas outras também possuem características parecidas.


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